Prometeu e a vida ativa

Leituras

Capítulo O mundo dos humanos em VERNANT, Jean Pierre. O Universo, os deuses, os homens. São Paulo, SP: Cia das Letras, 2010. 209 p.

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Capítulo 1, subtítulo 1 A vita activa e a condição humana (p. 15 a 20) em ARENDT, Hannah. A condição humana. 10.ed. Rio de Janeiro,: Forense, 2001. 352 p. ISBN 8521800215 (Broch.)

Guia para discussão

O mundo dos humanos

  1. Quem é Prometeu?
  2. Quais são os principais fatores na divisão entre deuses e homens?
  3. Como funcionam os ardis de Prometeu?

A divisão entre deuses e humanos

  1. Quais as diferenças entre a vitalidade divina e a humana? E a mortalidade?
  2. Qual o impacto da primeira punição de Zeus?

O fogo roubado

  1. Pensando no conceito de labor e trabalho de Arendt, o que simboliza esse momento após o roubo do fogo?
  2. Qual é o objetivo da ênfase nos alimentos no relato mítico?

O surgimento da mulher

  1. Qual característica humana é simbolizada pelo apetite atribuído à mulher?
  2. Como esse relato se relaciona com as condições de vida da mulher na Grécia antiga?

A caixa de Pandora e a punição de Prometeu

  1. Como é o mal que aparece na caixa? Quais são suas principais características e que temática é trazida a tona em sua descrição?
  2. Como interpretar o papel da esperança na história de Pandora?

Ideias centrais no trecho de A condição humana

  1. Labor
  2. Trabalho
  3. Ação
  4. Eternidade e imortalidade

O principal tema é discutir as condições básicas sobre as quais a existência humana se dá na Terra. Disso, a autora aponta três conceitos centrais:

Labor. A atividade correspondente ao processo biológico do corpo humano, suas necessidades vitais.

Trabalho. A atividade correspondente ao que é não-natural das exigências do homem. Aquilo que não está submetido ao ciclo vital da espécie. O mundo criado pelo artifício humano.

Ação. Atividade que se dá entre humanos correspondente a sua pluralidade, a sua diversidade.

Ela aponta para a relação entre vita activa e natalidade / mortalidade.

Os humanos são seres condicionados já que todas as coisas com que entram em contato tornam-se imediatamente parte de sua condição de existência. (p. 23)

Questão: Condição humana não é o mesmo que natureza humana. O que isso quer dizer?

Se temos uma natureza ou essência, somente um deus pode conhecê-la e defini-la, e o primeiro requisito seria que falasse de um “quem” como se fosse um “que”. (p. 24)

As nossas condições de existência não podem explicar nossa essência (se é que existe) pois nunca nos condicionam absolutamente.

Os modos da vida livre e a relação com a vida material: da cidade-estado grega à vida política medieval, passando por Santo Agostinho.

Longa discussão sobre o papel da contemplação e da teoria em relação à vita activa, sua hierarquização nos sistemas grego e cristão e a importância de restabelecer as distinções dentro da vita activa.

A distinção entre imortalidade e eternidade é fecunda pra discussão mitológica. Por quê?

Prometeu traz o fogo à humanidade, de Heinrich Füger, 1817.